Até 1930, ou início de 31, não se tem registro da existência da mulher
no Cangaço. Aparentemente, Lampião foi o primeiro a arranjar uma
companheira. Maria Déia, que ficou
conhecida posteriormente como Maria Bonita, foi a companheira de
Virgulino até a morte de ambos. Maria Bonita chamava-se Dona Maria
Neném, e era casada com José Nenem. Foi criada na pequena fazenda, de
propriedade de seu pai, em Jeremoabo/Bahia e vivia em companhia do
marido na cidadezinha de Santa Brígida. Maria não tinha bom
relacionamento com o marido.
Lampião costumava passar várias
vezes pela fazenda dos pais de Maria, porque a mesma ficava na fronteira
entre Bahia e Sergipe. Os pais de Maria Bonita, sentiam pelo Capitão
uma mistura de respeito e admiração. A mãe contou a Lampião que sua
filha era sua admiradora. Um dia, ao passar pela fazenda, Virgulino
encontrou Maria e apaixonou-se à primeira vista. Dias depois quando o
bando retirou-se, já contava com a presença dela ao lado de Lampião, com
o consentimento de sua mãe.
Maria Bonita representava o típo
físico da mulher sertaneja: baixa, cheinha, olhos e cabelos escuros,
dentes bonitos, pele morena clara. Era uma mulher atraente.
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